Movida por uma inspiração profunda, a mãe, fiel de uma igreja tradicional, decidiu registrar em vídeo um momento de louvor e enviá-lo para sua amiga via WhatsApp, acrescentando a mensagem: "Pensei em você". A destinatária, tocada ao receber o vídeo, respondeu através de uma mensagem de voz, chorando disse: "Era exatamente o que eu precisava para reencontrar meu caminho para a igreja".
Ela relatou as provações pelas quais estava passando e como aquele trecho específico do hino havia tocado profundamente em seu coração. E assim, na semana seguinte, ela retornou ao convívio da igreja. O gesto singelo daquela mãe ao compartilhar o louvor foi o catalisador para o retorno dessa mulher ao seio da comunidade da fé, ressaltando o impacto que uma simples mensagem via WhatsApp pode ter.
Numa época onde o toque de uma notificação tem o poder de arrancar risadas ou secar lágrimas, a história de como um simples vídeo de louvor reconduziu uma alma perdida ao caminho da fé soa quase miraculosa. No entanto, esse milagre moderno é apenas mais um exemplo da influência colossal que as redes sociais e aplicativos de comunicação têm na disseminação da mensagem eclesiástica.
Diante do depoimento tocante de um jovem sobre a ação intuitiva de sua mãe, vemos o reflexo de uma igreja em transição, espelhando a sociedade que a cerca. Em tempos onde o sagrado e o digital caminham lado a lado, ignorar o potencial evangelístico das tecnologias seria, por assim dizer, um pecado moderno. A mulher que retornou ao seio da igreja impulsionada por um louvor compartilhado é a prova viva deste novo campo missionário.
Na era digital, as denominações eclesiásticas possuem uma oportunidade singular de expandir seu rebanho. Um aplicativo de mensagens transformou-se no novo púlpito, de onde palavras de conforto e canções de esperança podem ser propagadas instantaneamente. A igreja, tradicional em sua essência, encontra-se agora diante do desafio de se reinventar, adotando mecanismos virtuais como ferramentas para alcançar corações e mentes.
Investir em redes sociais e apps de comunicação é admitir que a fé não deve conhecer barreiras, físicas ou digitais. A palavra divina tem, agora, o poder de "viralizar", de tocar os fiéis não mais apenas através de sermões, mas também por meio de screens. Jovens, adultos e idosos estão conectados, e é nesse terreno fértil que a igreja deve plantar suas sementes virtuais.
A ação da mãe do jovem, um gesto simples revestido de poderosa intenção, é um chamado para que lideranças eclesiásticas reconheçam a força das conexões modernas. Ao fazer isso, não estão apenas mantendo-se relevantes no contexto contemporâneo; estão exercendo seu papel essencial de levar esperança a quem precisa, onde quer que estejam. Assim, cada mensagem enviada torna-se uma potencial história de retorno à fé, replicando a magia do vídeo de louvor numa escala antes inimaginável.
Portanto, a denominação eclesiástica que deseja crescer e florescer no mundo atual deve considerar essas plataformas virtuais não como meros complementos, mas como extensões vitais de seu ministério. O ato de compartilhar um vídeo de louvor, como fez a mãe dedicada, demonstrou que um pequeno gesto pode ter um impacto colossal.
A igreja que abraça as redes sociais e apps de comunicação está construindo pontes, derrubando o isolamento imposto tanto pela modernidade quanto pela pandemia. Está criando uma comunidade inclusiva e acessível, onde os membros podem buscar e oferecer apoio, orientação e companheirismo em tempo real, ultrapassando os limites tradicionais de tempo e espaço.
Com 1,8 bilhão de usuários apenas no WhatsApp, as denominações têm à disposição um campo missionário vasto e diversificado. Cada compartilhamento, curtida ou comentário pode ser o toque divino na vida de alguém em busca de orientação. As igrejas que reconhecem e se posicionam ativamente nesses meios podem não apenas revitalizar membros existentes, como também alcançar novas almas.
O investimento em tecnologia da comunicação digital é um convite para a inovação espiritual. Transmissões ao vivo, podcasts, grupos de oração online e até aplicativos eclesiásticos próprios são caminhos pelos quais as mensagens de fé podem navegar em direção a corações receptivos em qualquer lugar do mundo.
A recompensa desse investimento é imensurável. Além de consolidar a presença da igreja na vida diária de seus fiéis, garante a propagação da fé através de meios que, embora modernos, não deixam de ser divinamente humanos. A história que começou com um vídeo de louvor é o testemunho de que a mensagem da esperança e do amor incondicional transcende todas as barreiras — sejam elas de tijolo e argamassa ou de pixels e bytes.
Por jornalista Márcio Batista
Fotos: (Webster2703/Pixabay) Reprodução / Divulgação
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