Aos alunos do Curso de Rádio Cristão, o jornalista e diretor da Mais Alegria 95.1 FM sempre compartilha um conselho valioso aos futuros locutores: "No rádio, quando faltar assunto, é melhor chamar uma música."
Essa dica simples, mas poderosa, destaca a importância da seleção musical na programação e de como a música desempenha um papel central na construção da experiência auditiva dos ouvintes.
A música não é apenas um recurso secundário; ela é, de fato, o coração de muitas programações e, quando bem escolhida, pode garantir a qualidade e a conexão do programa com o público.
Para os iniciantes no rádio, especialmente para aqueles que ainda estão se adaptando ao microfone e ao ritmo de um programa ao vivo, a música pode ser uma grande aliada.
É natural que os novos locutores, ao se depararem com o desafio de preencher o ar com conteúdo relevante e interessante, sintam-se inseguros ou faltem com assuntos espontâneos para manter o interesse dos ouvintes.
Nesses momentos, uma boa seleção musical não só mantém a dinâmica do programa como também proporciona um alívio, permitindo que o locutor se recupere e se reorganize para a próxima intervenção.
A escolha das músicas, segundo o diretor, deve ser cuidadosa e estratégica.
Cada canção deve ser selecionada com o objetivo de brilhar no programa, de capturar a atenção do ouvinte e de enriquecer a qualidade da transmissão.
Uma boa prática sugerida é escolher músicas que possuam algum tipo de conexão com o tema do programa ou que transmitam mensagens que ressoem com o público.
Dessa forma, mesmo que o locutor ainda não esteja totalmente confortável em falar por longos períodos, as músicas escolhidas carregam o conteúdo necessário para preencher essa lacuna.
Conforme os locutores ganham experiência e familiaridade com o público e o microfone, eles podem começar a adicionar pequenos conteúdos entre as músicas.
Esse conteúdo não precisa ser extenso ou complexo – uma breve história sobre a canção, uma curiosidade sobre o artista ou até mesmo o contexto em que a música foi lançada são informações que podem enriquecer a experiência dos ouvintes e criar uma conexão mais forte com a programação.
Uma frase impactante, que esteja alinhada com a mensagem da música que será reproduzida, também pode ser uma maneira eficaz de introduzir a canção e chamar a atenção do público.
No entanto, o conselho do diretor é claro: o processo deve ser gradual.
Exagerar na quantidade de informações ou tentar falar extensivamente entre as músicas pode sobrecarregar o programa e, em alguns casos, até diminuir o impacto da própria música.
A orientação é permitir que a música brilhe, deixando que ela seja a protagonista do programa.
Afinal, se o foco da programação é musical, o papel do locutor é de suporte, agregando pequenas informações que elevam a música e envolvem o ouvinte sem tirar o destaque da canção.
A música se torna uma ponte entre o locutor e o ouvinte, enquanto as intervenções são apenas toques sutis que fortalecem essa conexão.
Essa abordagem permite que o locutor, especialmente o iniciante, desenvolva confiança, aprimore suas habilidades comunicativas e, com o tempo, torne-se uma presença marcante e autêntica na vida de quem o escuta.
Por jornalista Márcio Batista
Fotos: (nishantha410/Pixabay) Reprodução / Divulgação
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