Líderes das indústrias do rádio e automotiva procuram trabalhar em conjunto para que o rádio "continue a oferecer a melhor experiência de áudio possível para os motoristas"
O rádio é hegemônico em automóveis. Pesquisas têm comprovado essa liderança do meio entre todas as plataformas de mídia, fato que ocorre devido o interesse de motoristas e passageiros, como também pela movimentação de dois setores para que isso continue sendo uma realidade. E foi o que novamente aconteceu na Europa: durante a WorldDAB Automotive 2022, realizada em Londres, líderes de rádio e do segmento automotivo debateram como é possível manter o rádio dominante em um cenário de maior oferta de conteúdos de mídia.
Segundo a imprensa especializada que acompanhou o evento, este realizado no final do mês passado, os palestrantes enfatizaram a importância de trabalhar em conjunto para "garantir que o rádio mantenha seu lugar no centro do painel conectado e continue a oferecer a melhor experiência de áudio possível para os motoristas", diz a reportagem do Radio Today.
Segundo Patrick Hannon, presidente da WorldDAB, o sistema de rádio digital terrestre DAB+ vem como padrão em 94% dos carros novos vendidos na Europa. “Os usuários esperam rádio de alta qualidade e gratuito como um recurso fundamental”, disse ele. “Nosso trabalho é oferecer a melhor experiência possível hoje e no futuro", afirma o executivo durante o discurso de abertura do congresso.
“A posição do DAB+ no carro nunca foi tão sólida quanto hoje, mas o FM pode começar a estar em perigo”, disse Martin Koch, chefe de plataforma de infoentretenimento de direção do CARIAD/VW Group, observando que a música e o rádio continuam sendo fundamentais no carro. “É do interesse central da montadora manter os principais casos de usuários de rádio e navegação o mais simples possível”, acrescentou.
Já a CEO da Radio France, Sibyle Veil, fez apelo aos fabricantes e fornecedores de automóveis em sua fala no congresso. “Dê às estações de rádio um acesso fácil, direto e com um toque no software do carro na tela”, ela pediu. “Como empresa de mídia, não queremos que nosso conteúdo seja curado e gerenciado por terceiros. Além disso, precisamos ter acesso direto aos ouvintes para entender melhor nossos usuários e melhorar nosso conteúdo", destacou a executiva.
Veil ainda disse que "nosso objetivo é oferecer a melhor qualidade possível para combinar com a qualidade de seus carros”, acrescentou Veil. “A maneira de conseguir isso é dar acesso com um toque aos melhores provedores de conteúdo de áudio, especialmente estações de rádio.”
Segundo a imprensa especializada em rádio, outras sessões do WorldDAB Automotive 2022 exploraram prioridades futuras para os dois setores, como personalização e tecnologia de voz, incluindo reconhecimento de nome de estação e melhoria da precisão da pesquisa.
De fato, muitos rádios automotivos comercializados na Europa já mudaram a dinâmica da experiência dos ouvintes, centralizando o acesso às estações de rádio através dos dados oferecidos por ela. Por exemplo: nos novos modelos da montadora KIA, não há dial no painel, como revelou o tudoradio.com em um artigo publicado nesta segunda-feira (4). As emissoras são exibidas através de seus nomes, originados pelo RDS no caso do FM ou demais metadados contidos na transmissão digital (DAB).
Há um apelo internacional para que as emissoras de rádio utilizem ao máximo os recursos oferecidos pelas novas centrais multimídia e também receptores de mão, como smartphones. Ou seja, é importante o uso de sistemas como RDS, pensando na comparação natural que o ouvinte fará com outros serviços de áudio. A qualidade do som e da recepção do sinal entregue ao público também é uma questão sensível.
No Brasil também existe um apelo para que o setor se aproxime das montadoras, na tentativa de continuar oferecendo a melhor experiência de rádio nos automóveis.
E por qual razão olhar para lá fora?
É importante observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
Fonte: Tudorádio / ACAERT
Fotos: (Fotomontagem) Reprodução / Divulgação
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